sábado, 22 de dezembro de 2012

Finalmente de férias!!

Se em Portugal há cada vez menos feriados, em Macau não deixo de ficar surpreendida com a quantidade de feriados, pontes e outros dias atribuídos pelo Governo.

Aqui a época natalícia coincide com a celebração da passagem de Macau de Portugal para a China (este ano celebraram-se 13 anos da constituição da RAEM - Região Administrativa Especial de Macau), por isso desde quinta-feira dia 20 até dia 26 de Dezembro não se trabalha em Macau.

Nesta semana poucas são as pessoas que ficam por Macau. Em compensação, as praias da Tailândia enchem-se de barrigas e pernas brancas que aproveitam os feriados (e os ordenados) de Macau.

A Princesa e o seu fiel escudeiro optaram por uns dias retemperadores na RAEM, um Natal caseiro, e muitas visitas a agências imobiliárias. É que a busca por um novo castelo está no topo das nossas prioridades. Isso e pôr a conversa em dia com família e amigos de Portugal.. que as saudades são muitas.

Importa salientar que no dia 20 a princesa ainda foi trabalhar e que ontem mais de metade do dia foi passado a dormir. Uma cura de sono faz sempre bem.

Hoje finalmente sinto que está aberta a épocas das férias :)

Macau, aí vamos nós!

"Mas com calma", diz o escudeiro.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Se há coisa em que os portugueses são bons é a fazer filas..

.. já os chineses deixam muito a desejar.

Hoje fui ao Comissariado da China aqui em Macau para tratar do meu visto e ainda estou a tirar penas dos meus saltos altos, tal foi o galinheiro ali dentro.





Por algum motivo as máquinas das senhas que vão chamando o "próximo cliente" deixaram de funcionar e gerou-se o caos. Uma massa de gente aglomerou-se junto aos dois balcões aos gritos e aos encontrões a tentar todos falar ao mesmo tempo com as duas pessoas que estavam a atender.

Distinguiam-se dois tipos de pessoas: as galinhas (chinesas, pequenas, com vozes mto agudas), e os galos (estrangeiros, alguns portugueses, que falavam com a arrogância dos colonizadores).

E eu! Desesperadinha.. agarrada à minha senha que me colocava à frente deles todos!

Cada vez que passava um dos empregados e eu me desviava para perguntar alguma coisa, nasciam mais 5 pessoas à minha frente na fila! E explicar-lhes que a fila não era assim que funcionava? Que eu tinha estado lá antes para tirar uma senha e que tinha direito a ser atendida antes deles? Isto é uma questão de direitos humanos!!! (vá, ou quase)

Teve alguma graça ver a reacção das pessoas qdo entrevam naquela sala e viam o que parecia ser uma manifestação. Incrédulos, de queixo caído, resignados à senha que dizia 150 pessoas à sua frente.

Os empregados lá do sítios estavam tão desesperados como eu, e demorou UMA HORA a vir um deles dizer.. TOCA A DISPERSAR!! Uma hora!

Como eles falavam em chinês, só os chineses é q dispersaram, ficando apenas os estrangeiros na fila, sozinhos na fila a olhar à volta para perceber o que tinha acontecido. Não fosse o caso se eles se terem sentado e podia ter sido um alerta de bomba tal foi a rapidez com que saíram da fila.

Depois disto, 10 minutinhos e estava despachada.

O portuga  desenrascado faz muita falta nesta terra.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Oh mãe, Oh mãe

Como recompensa por actos de coragem e valentia, representantes do reino distante de Macau (leia-se, os senhores dos casinos), presentearam a princesa com um livre trânsito para um banquete. Um festim.

O presente foi para a princesa, mas quem ficou em êxtase foi o fiel escudeiro. Alías, não podia ter ficado mais contente.

Neste fim de semana fomos finalmente usufruir do nosso banquete, um almoço buffet. Surf and turf, diziam eles. Prometiam um sumptuoso almoço com lagosta e carne de vitela Wagyu, uma abundante escolha de entradas, especialidades chinesas e sobremesas deliciosas.

Tudo isto inserido no complexo do Hotel Okura, uma espécie de um refúgio japonês dentro do gigante que é o Galaxy Entertainment Group. Senhoras vestidas com trajes típicos japoneses, fontes e lagos interiores.. um pequeno oásis!

Prometeram e cumpriram!

Às primeiras garfadas ouviu-se na sala um "Oh mãe, Oh mãe!!" num crescendo de intensidade, à medida que o paladar apurava os sabores. Da nossa mesa ouviam-se as bolhinhas do espumante, o crunch crunch e os barulhinhos dos macarons fresquinhos a desfazer na boca.






Pena que esse som tenha sido abafado pelo som dos chineses que sorviam patas de caranguejo como se o mundo fosse acabar.

Nessa altura a princesa quis ser plebeia.



sábado, 24 de novembro de 2012

Temos um casino ilegal cá no prédio

Emigrar para a China é ter de gramar com os vizinhos a jogar mahjong a noite toda e tentar dormir enqto ouvimos os barulhos das peças.

Enganem-se aqueles q pensam q o mahjong é aquele jogo de paciência onde estamos a casar peças aos pares. Isto q eles jogam é uma espécie de damas ou dominó (devo estar a dizer uma heresia qualquer, mas é o q parece), que eles jogam a dinheiro, como seria de esperar.

Estou com vontade de mandar lá o fiel escudeiro acabar com a festa, mas acho q corria o risco de ele ficar lá com eles.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Em Macau, num restaurante indiano

Ontem ao almoço, num restaurante indiano. Eu e uma amiga eramos as únicas pessoas no restaurante.

(nós)                  Hello? Hello, Queremos fazer o pedido!
(o empregado)    Humnm Hunmn Humnm
(nós)                  Desculpe, não percebi. Diga lá isso outra vez?
(o empregado)    I'm very sad. Oh I'm so sad. I have to go back to India. I don't have any luck. I can't stay here anymore. Oh I'm so sad. Very sad.

(nós pensamos)  Ok, então mas e a comida?
(nós dizemos)     Ok, então e podemos fazer o pedido?


Apontamos para o menu para pedir tudo o que queremos e esperamos ter alguma sorte.

A comida chega, e o empregado até fez um pãozinho especial para nós.

(o empregado)      I made it myself!
(nós pensamos)   Ok, ok nós queremos é comer.


Durante o almoço inteiro não entrou ninguém no restaurante. Só havia um empregado e um cozinheiro, cada um escondido no seu posto de trabalho.

No final do almoço:

(nós)                                Hello? Hello? Check please!
(nós, aos gritos)                Helooooooo? Uhhhhhh?
(nós, já de pé aos gritos)   HELLO!?!?


Então percebemos que o empregado estava a dormir, com a cabeça no meio dos braços, em cima do balcão. Podíamos ter saído e ele não teria dado por nada. Nessa altura percebemos que se calhar esse era o motivo pelo qual ele não tinha sorte nem dinheiro.






sábado, 10 de novembro de 2012

Primeiro de muitos

Hoje faz um ano que o fiel escudeiro partiu para um reino longínquo, para um império a Oriente que prometia muitas aventuras.

Prometeu e cumpriu. Hoje, já acompanhado da princesa, conta os meses longe de casa e promete visitas para matar saudades do seu séquito.

Mas não há percalços que o desviem de um optimismo (às vezes excêntrico).
Está para ficar, enquanto o deixarem!




sábado, 3 de novembro de 2012

Protocolo Chinês

O blog tem andado um bocadinho abandonado porque quando comecei a trabalhar os horários e a disponibilidade alteraram-se um bocado. No final do dia escolher entre escrever no blog ou ir dormir não deixa muitas dúvidas.

ZZZzzzZZZzzzZZZzzz

Trabalhar em Macau é a minha primeira experiência internacional. Se antes trabalhava muito com o mercado angolano, a verdade é que nunca tive de me deslocar do escritório.

Além do mais, antes trabalhava em actividades de marketing que preparavam o caminho para o trabalho dos comerciais. Agora para além disso tenho também de fazer trabalho comercial, ir a reuniões e fazer contas de cabeça para não me enganar nos preços, descontos, promoções e afins.

Vender publicidade para um revista nova, qdo todos dizem que o mercado está em crise, quando o investimento das marcas neste tipo de publicidade é cada vez menor, é um grande desafio.. chega a ser frustante. Mas a verdade é que ao contrário do que acontecia em Portugal, as pessoas estão dispostas a receber-me, têm sido simpáticas nas reuniões (apesar de não comprarem nada.. eheh).

Esta introdução serve para dizer que grande parte do meu tempo é passado ao telefone a tentar descobrir com quem tenho de falar, e o resto do tempo é passado em reuniões.

A grande maioria das vezes faço as reuniões em inglês. Uma portuguesa a ter reuniões com chineses, com as conversas feitas em inglês é uma grande confusão. Se o fiel escudeiro já me criticava por usar demasiados estrangeirismos nas minhas conversas, agora chego ao cúmulo de lhe contar o meu dia e usar frases inteiras em inglês!

Ainda assim, há algumas reuniões que faço em português. Os donos dos restaurantes, as direcções das instituições públicas, e um ou outro negócio de portugueses que investiram em Macau.

E é aqui que as coisas se tornam mais parecidas com Angola. Porque o sotaque dos macaenses que falam português está cheio de africanidade. Isso e a burocracia!! E pedirem-me para ter calma, que aqui as coisas se fazem com calma. "Momentai" é a expressão que usam qdo me querem dizer "relax" ou "sem stress".

A parte engraçada das reuniões com os chineses é o protocolo. Eles são malucos com os cartões de visita, por isso a primeira coisa que se faz, é receber o cartão que nos é entregue com o nome virado para nós, segurado pelas duas mãos e acompanhado de uma pequena vénia. Devemos receber o cartão também com as duas mãos, examinar o cartão e se possível guardar num porta cartões (sinal de que o relacionamento que  estamos a iniciar será próspero). Nunca devemos guardar os cartões nos bolsos das calças ou atirar para dentro da mala. Seria uma grande falta de respeito.

Depois, o processo repete-se, mas no inverso. Tenho de devolver a amabilidade entregando o meu cartão, segurando com as duas mãos e fazendo uma pequena vénia.




Pode parecer engraçado, mas estive numa reunião onde fui recebida por três raparigas do departamento de Relações Públicas. E aquilo parecia uma coreografia, com tanta vénia e tantas mãozinhas a segurar nos cartões.

E sim, consegui a proeza de não deixar nenhum cair ao chão!




terça-feira, 23 de outubro de 2012

Celebrar a Lusofonia

No fim de semana passado estive no Festival da Lusofonia, uma versão macaense das típicas festinhas de aldeia. Dura 3 dias e realiza-se todos os anos por esta altura. Tirando o fiel escudeiro, que tinha afazeres no reino de Warcraft, não há português nesta terra que falte a uma destas noites tipicamente portuguesas.

Tinha barraquinhas com petiscos (bifanas e sandes de presunto incluídas), Super Bock e sangria com fartura e tremoços para acompanhar. Mas ainda não foi desta que matei saudades de pasteis de bacalhau.

Como pretende reunir todos os PALOP's havia barraquinhas específicas para cada país e por isso também havia brigadeiros de Cabo Verde (bons!! mesmo bons!!!), caipirinha do Brasil (má!! mto má!!), chamuças de Goa.. uns licores suspeitos de São Tomé e outras especialidades cheias de "africanidade".

Senti-me em casa quando comecei a ouvir o ronco da gaita de foles, mas senti-me ao mesmo tempo longe de casa porque as modinhas me fizeram ter muitas saudades de Bragança. E devo dizer que os gaiteiros de Varge deixam estes a um canto!







Aquilo que não muda são os hábitos.. claro que a maioria da noite foi passada a ver passas as modas, a comentar as roupas de quem passava e as novas namoradas de uns quantos "famosos" cá do sítio.

Houve concertos, danças típicas da China, rancho folclórico (com chineses a usar trajes típicos de Portugal), exibições das escolas locais. Os cabeça de cartaz eram os Orelha Negra, que afugentaram uns quantos chineses.. e que, coitados, bem diziam "jump, jump", mas que falharam na intenção de por Macau a dançar.

Os organizadores deste festival esforçam-se todos os anos por mostrar evolução e mostrar que são jovens e modernos, mas na verdade, o Quim Barreiros é que teria feito as delícias desta gente.

Para o ano há mais! :)


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Momentinho "quero esconder-me" do dia

Hoje de manhã, enquanto esperava pelo elevador no R/C do edifício do escritório onde trabalho (e onde a espera costuma ser longa devido ao número de andares), apercebo-me de um movimento estranho ao nível do chão a uns 3 ou 4 metros de mim. A primeira reacção foi... "Que nojo, é um rato!!"

Mas rapidamente percebi que era uma espécie de pardal, um pássaro pequeno e acastanhado. E a reacção passou a ser.. "Que nojo um bocadinho mais pequeno, é um pássaro!!"

Mas como o bicho estava longe, mantive a postura, como uma princesa... até que o raio do pássaro decide ganhar asas e voar... na minha direcção!!

Dei um gritinho que se deve ter ouvido no 14º andar onde trabalho.

Lancei-me para o elevador enquando ouvia os dois chineses da recepção e umas quantas pessoas que estavam na recepção a rir.

No final do dia, quando voltar a passar por eles estava a pensar tropeçar nos saltos altos e cair, só para os manter entretidos com as minhas performances!

domingo, 14 de outubro de 2012

Ainda sobre os autocarros de Macau

Sim, parece que estou a ficar obcecada com este tema, mas agora que ando diariamente nestas andanças, as histórias começam a ser recorrentes. Vejam só o que aconteceu há uns tempos..


in Macau Bus Forum

O senhor motorista estava com fome. Parou o autocarro, dirigiu-se ao Mcdonalds para adquirir qualquer coisinha para matar a fome, e depois voltou ao autocarro para continuar o seu percurso. Não é lindo?! É Macau no seu melhor!

E sim, o autocarro tinha passageiros à espera! eheheh

Andar de autocarro em Macau..

...é uma aventura!

Quando vi este cartoon identifiquei-me logo com ele. Como os motoristas só têm duas velocidades, muito rápido e parados, a grande maioria das vezes andamos de autocarro como se estivessemos num carrocel da Feira Popular.

Aqui o truque é ficar sentado até o autocarro ficar completamente parado. Se cairmos no erro de nos levantar para sair quando o autocarro ainda está em movimento, corremos o risco de ir em voo até à frente do autocarro, deixando um rasto de chineses furiosos.

Outra característica peculiar é que os chineses não se sentam quando os assentos ainda estão quentes. Quando alguém se levanta, vão logo a correr para o lugar que ficou livre, mas ficam lá de pé à espera que arrefeça. Até já vi pessoas com um abanico a tentar que aquilo arrefeça mais rápido.

E a sofreguidão com que eles correm para o autocarro?! Assim que avistam o autocarro começam a ficar impacientes e se, por algum motivo, o autocarro pára um bocadinho antes da paragem, é vê-los a correr até à porta. O que é uma chatice para aqueles que, como eu, esperam pacientemente na paragem e que, à conta destes chineses sôfregos, também têm de andar (leia-se correr) até ao sítio onde parou o autocarro.

Filas também é para esquecer, porque esse conceito para eles não existe. Assim como não existe deixar passar velhotes ou grávidas. Essa coisa da boa educação é muito sobrevalorizada. Mas essa parte eu aprendi rápido, e nunca mais fui educada e deixei passar à frente quem estava na paragem antes de mim.

Que saudades do comboio da linha de Cascais com vista para o mar :)

A parte engraçada (e única), é o facto de nos sentirmos muito grandes.. Sempre a ver a parte de cima da cabeça dos chineses e a bater com a cabeça nos suportes para as mãos que estão pendurados.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dia Nacional da República Popular da China

No dia 1 de Outubro é feriado em Macau porque se comemora o Dia Nacional da República Popular da China. No dia 2 de Outubro também é feriado porque provavelmente se recupera das comemoração do Dia Nacional da República Popular a China (o nome técnico do feriado é "Dia Seguinte à Implantação da República Popular da China"). E no dia 3 de Outubro os funcionários públicos têm tolerância da ponte, provavelmente para se mentalizarem que precisam de voltar ao trabalho.

É assim que se mantém o povo satisfeito, com 3 feriados seguidos, com cheques de apoio pecuniário no final do ano e com fogo de artifício.



Nesta noite não fomos ver o espectáculo, mas conseguíamos ouvir da nossa casa. Devem ter sido uns belos 20 minutos porque a China venceu o Festival Internacional de Fogo de artifício de Macau. Para o ano há mais!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Valham-nos os bolos

Nas últimas semanas a expectativa em relação à noite de 30 de Setembro (noite em que se celebra o festival das lanternas e dos bolos lunares, os famosos mooncakes), foi sempre aumentando. A cidade estava toda enfeitada, as lojas tradicionais estavam repletas de lanternas de papel para vender (e outras bonecadas semelhantes).

Loja tradicional
Mais lojas tradicionais
Enfeites na Praça do Tap Seac, Macau
Praça do Tap Seac, Macau
Enfeites no Largo do Pagode, Macau
Enfeites Praça Ponte Horta e Costa, Macau


Havia bolos tradicionais em todas as montras e durante o dia percebemos que muitas lojas de rua estavam fechadas.

E se fizermos uma pesquisa na internet, vamos encontrar fotografias impressionantes de lagos cheios de lanternas de papel, e céus iluminados com as lanternas que se elevam no ar devido ao ar quente das velas.

Tudo previa uma grande noite de festa, um espectáculo de luz e cor. E eu, que sou muito dada à festarola, estava ansiosa. Até fomos comprar os bolos a uma das pastelarias tradicionais que temos perto de casa!

Mas pelos vistos Macau é uma versão híbrida em relação a tradições chinesas, porque as expectativas ficaram amplamente defraudadas.

Se por um lado havia muita gente na rua à volta dos lagos, ao olharmos com alguma atenção, percebíamos que a maioria eram grupos de filipinos que aproveitam as noites de folga. Depois, e devido aos néons dos casinos e das iluminações das ruas, as poucas lanternas que havia perdiam o vigor. As crianças estavam na rua a brincar, mas com estrunfes e sponge bobs de plástico insuflados, em alternativa aos tradicionais coelhos de papel.

Em contrapartida, quasa toda a gente andava com sacos de plástico para transportar as caixas dos bolos. Não sei se é herança dos portugueses ou não, mas as celebrações envolvem sempre comida.

A princesa e o seu fiel escudeiro voltaram para casa desiludidos com a festa. E em vez de comer os bolos enquanto contemplavam a lua, conforme manda a tradição chinesa, optaram por uma lua artificial no ecrã do portátil.



sábado, 29 de setembro de 2012

Mooncake Festival

No dia 30 de Setembro celebra-se o Mooncake Festival ou Mid-Autumn Festival (literalmente, festival a meio do Outono), ou ainda, o festival das lanternas. Os chineses orientam-se pelas fases da lua, por isso é o 15º dia da oitava lua. Esta é uma das mais importantes celebrações na China.

A cidade de Macau há umas semanas que se está a enfeitar para esta celebração. Há lanternas de papel em todos os postes de electricidade e também em todas as praças, jardins, fontes ou rotundas (basicamente qualquer espaço livre) há instalações de papel. Estes enfeites podem ser animais (geralmente coelhos), flores ou mesmo réplicas de edifícios.

Há várias explicações para esta celebração, mas a minha favorita é a história da deusa Chang-E e da sua ascenção até à lua. Reza a lenda que há muitos muitos anos não havia apenas um sol, mas sim 10, que se alternavam na função de iluminar e aquecer a terra. Mas um dia todos apareceram ao mesmo tempo, trazendo tragédia para plantações e demasiado calor para os homens. Foi Hoi Yi, um tirano mas valente arqueiro, marido de Chang-E, que destruiu 9 dos sóis, salvando a humanidade.

Como recompensa, Hoi Yi recebeu o elixir da vida de Wang Mu, imperadora dos céus. Sabendo disso, Chang-E, para proteger as pessoas da tirania do seu marido, bebeu o elixir e ascendeu até à lua, onde vive até hoje.



Há imensas variações desta história, com mais ou menos personagens e mesmo com outro vilão e é muito difícil perceber qual delas é a mais correcta.

Há outra lenda que também adoro, e que explica o facto de a maioria das lanternas serem em forma de coelho. Não é La Fontaine, mas podia ser :)

Segundo esta lenda, três fadas transformaram-se em miseráveis velhos pedintes e mendigavam por comida a uma raposa, um macaco e um coelho. Quer a raposa e o macaco tinha comida para dar aos velhos pedintes, mas recusam. Por sua vez, o coelho que não dispunha de comida, sacrificou-se oferecendo a sua carne. Aliás, para facilitar a vida aos velhotes, atirou-se para uma fogueira, para que a carne já estivesse cozinhada (aqui há um bocadinho da minha interpretação da história). As fadas ficaram tão sensibilizadas com o gesto do coelho que como recompensa o deixaram viver no palácio da Lua, onde ele se transformou no "Coelho de Jade".

Se calhar agora vivem todos na lua, a deusa Chang-E e o Coelho de Jade. E devem ter trocado umas palavras com o Neil Armstrong quando ele lá apareceu.





terça-feira, 25 de setembro de 2012

Os 32 anos longe de casa..

.. foram muito emotivos! E logo eu que nunca dei importância aos aniversários. Parece que a distância me está a amolecer. Valha-me o fiel escudeiro que assumiu as suas funções e tomou conta da princesa.

Valeram-me as mensagens, o skype, o facebook a apitar o dia todo e os amigos de Macau (poucos mas bons, muito bons). Mas mais ainda, valeram-me os amigos de Portugal que mesmo à distância conseguem maravilhas.

Vejam só o bocadinho de Portugal que me veio bater à porta!!



Neste "kit emigrante" falta uma sombrinha de chocolate da Regina (que, by the way, estão cada vez mais pequenas), e aquela garrafinha de Licor Beirão que aparece na fotografia já está vazia.. ehehe.. Obrigada à madrinha que tratou de tudo e à Margarida Vila-Nova da Mercearia Portuguesa que foi uma querida.

sábado, 15 de setembro de 2012

Com o coração apertadinho

 
 


Hoje é o dia de casamento de uma das minhas melhores amigas e estou aqui.. de coração apertadinho, a desejar poder está lá! São estas situações que nos fazem vacilar.. e que nos fazem querer voltar a correr para casa. E nestes dias não há skype que nos valha :)

Vai ser um dia maravilhoso, a noiva vai estar linda e super feliz, e todos os nossos amigos vão estar lá para tornar esse dia ainda mais especial. Mas falto eu..

Vou estar aqui, com 7 horas de diferença horária e mais de 10.000 km de distância, sempre a pensar no quão especial é a nossa amizade, na paciência que ela tem para as minhas neuras e na felicidade que é poder ligar-lhe a contar novidades (das boas e das más). Como em todas as relações há fases melhores e piores, mas sobrevivemos a tudo e a esta amizade é um pilar na minha vida.

Como ainda não há teletransporte, vou ver se encontro uns sapatinhos vermelhos e cintilantes.. se resultou como a Dorothy, pode ser que resulte comigo também.

There's no place like home.. There's no place like home.. There's no place like home..

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Em Macau não há courgettes...

...e eu aprendi isso da pior maneira.

Na maioria dos supermercados chineses não há secção de "frescos" com frutas e verduras. Aqui os mercados estão por toda a parte e por isso os chineses estão muito habituados à rotina de ir ao mercado pelo menos uma vez por dia. Tenho de ir tirar algumas fotografias ao "nosso" mercado para vos tentar explicar a aventura que é fazer compras lá.

Na nossa rua, para além do mercado, há pelo menos três supermercados chineses e várias bancas de fruta e verduras. É aí que faço as nossas compras.

Como não há muitos ocidentais por aqui, os chineses já me reconhecem e até cumprimentam com um ruidoso "Hello!!". Outras vezes gozam comigo por não saber os preços e por estar muito alta com os saltos.. ehehe

Esta semana, numa das vezes que fui às compras apontei para aquilo que me pareceu ser uma courgette e disse "one of those". Pesou, pôs num saco, paguei e vim para casa.

Foi quando cheguei a casa e fui tirar as compras do saco que percebi que afinal a minha courgette era outra coisa qualquer.. porque tinha pelo!!



Tive de ir pesquisar na internet para descobrir que tinha trazido para casa um Fuzzy Melon, uma mistura de pepino com melão.

Os chineses comem essas coisas na sopa ou numa espécie de refogado.

Como eu só gosto de pepino se estiver às roledas dentro de um copo de gin, ficou logo posta de parte a hipótese da princesa comer aquilo. Mas o fiel escudeiro quis experimentar, e diz que tem a consistência do melão, cheira a pepino, mas que não sabe a nada.

Vou ter de passar a andar com um livrinho com as imagens dos legumes chineses para saber o que estou a trazer para casa!! :)


domingo, 9 de setembro de 2012

Repórter em missão.. ou então não!!

Num dos meus passeios pelo centro de Macau deparo-me com uma cena caricata. Palavras de contestação no Largo do Senado (centro Turístico de Macau) aos gritos a partir de um rádio (sendo que eram em chinês, tenho as minhas reservas quanto ao o conteúdos das gravações), megafones, cartazes espalhados pelo chão, e um homem no centro disto tudo, vestido num jumpsuit cor de laranja, acorrentado a uma cadeira espreguiçadeira.

Imediatamente ligo ao fiel escudeiro a achar que era uma manifestação.. e em território chinês, seria uma notícia bem interessante.

Mas afinal não! A jornalista que, coitada, foi enviada ao local, explicou-me que o senhor é maluco, adora armar confusão e ninguém lhe dá crédito tal é a quantidade de vezes que monta estes espectáculos.






Acho que desta vez tinha qualquer coisa a ver com uma ida ao médico e um problema com o diagnóstico. Provavelmente com a falta de medicação.. digo eu! ehehe

Fui um bocado ingénua em acreditar que uma manifestação destas podia acontecer sem grande alarido por parte das autoridades.

Resumindo: este é o tipo de street performance que há por estas bandas!!


sábado, 8 de setembro de 2012

Saudades do meu laranjinha...

(à venda em www.gavetao.com.pt)

Aqui em Macau conduz-se pela esquerda, herança da possessão britânica por estas bandas.. e a avaliar pelo meu histórico de aventuras rodoviárias, não pondero a hipótese de conduzir em Macau. Imagino que na primeira oportunidade ia colocar-me em sentido contrário.. ehehe

Como o território é pequeno, e nós moramos muito perto do centro, é fácil chegar a pé a todo o lado, e para distância mais longas (leia-se 20 minutos de percurso), temos 3 companhias de autocarros e taxis a preços muito acessíveis. Para terem uma noção, a maior distância que fizemos de táxi não chegou a 80 Patacas, o equivalente e 8 Euros. Os preços das viagens de autocarro também são muito acessíveis e a maior distância possível corresponde a 6 Patacas (sessenta cêntimos).

Por isso não sinto necessidade de um carro para me orientar por aqui. Isso não quer dizer que não tenha saudades de conduzir.. e de levar o laranjinha a passear ao shopping.. e ao Ikea.. e à praia.. e ao Cinema..

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Isto não é o Facebook..

.. mas agora também já se pode fazer "Like" nos posts que vou fazendo.

Adicionei uma nova funciondidade ao blog para que, de uma maneira fácil, possam ir deixando opinião nos vossos posts favoritos :)

Adenda: Esta funcionalidade não é visível na versão mobile. Sorry, mas a culpa é do Blogger!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Como é que se diz Tupperware em chinês?

Eu achava que era "Ta Bao" (que se lê "Ta Pao"), mas afinal não.

Provavelmente por as casas dos chineses serem muito pequenas e terem cozinhas também muito pequenas, é comum as pessoas trazerem comida para casa, em vez de cozinharem. Em todas as ruas residenciais há autênticos refeitórios por onde os chineses passam para trazer comida. Há de tudo, carnes com molhos estranhos, legumes (alguns que nunca tinha visto), peixe frito, peixe seco, pés de galinha, moelas.. tudo quanto é petisco para o apetite chinês. Estes "refeitórios" variam conforme a especialidade. Há uns onde a maioria dos pratos são Dim Sum (uma espécie de raviolis) das mais variadas espécies, outros onde as carnes assadas são a especialidade (identificados pela quantidade de aves assadas penduradas à entrada dos sítios). As sopas também se vendem na rua, geralmente em carrinhos pequenos.

Eu confesso que ainda não me atrevi a comprar em nenhum desses sítios. A comida está na rua, onde passam carros e motas a toda a hora, insectos por todo o lado.. ali ao ar, sujeita a todos os espirros (para ser simpática) e tenho receio que o meu estômago de princesa não aguente essa aventura.

Não é estranho, principalmente ao final do dia, cruzarmo-nos com pessoas que trazem a sua comida em caixinhas de plástico. E não há qualquer referência às famosas caixas de comida chinesa que vemos nos filmes.. eles cingem-se às vulgares caixas de plástico.. os tupperwares.

Para além disso, em todos os restaurantes, mesmo os mais finos, é normal dizer que queremos trazer o que sobrou. Mesmo quando não dizemos nada, eles assumem. Dizemos "Ta Bao" para eles colocarem numa caixinha de plástico.. num tupperware.

Daí eu ter assumido que "Ta Bao" era a forma simplificada de dizer tupperware.

Mas descobri ontem, quando vi o programa Portugueses pelo Mundo aqui em Macau que "Ta Bao" afinal quer dizer embrulho. Embrulhar para levar para casa.. mas num tupperware.. ;)

Esta fotografia não é minha, mas há um tasco aqui na rua que vende exactamente estas coisas.
by Vileinist

Espetadas de tudo, até de milho!
by CaliWitch
Os famosos grelhados, com a respectiva montra. 

Note to herself: tenho de perder a vergonha e passar a fotografar mais, e de forma mais descarada!!


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os fantasmas também têm fome

Nos últimos dias quem passeia por Macau (principalmente no final do dia), depara-se com um cenário peculiar. E isso deve-se ao Hungry Ghost Festival, o Festival dos Fantasmas Famintos. Esta é uma festividade que acontece no 7º mês do calendário chinês ou calendário lunar (aproximadamente o nosso mês de Agosto), uma altura do ano em que os chineses acreditam que as portas do Outro Mundo estão abertas e os espíritos (os maus) estão autorizados a circular livremente.

E porquê o cenário peculiar? É que os espíritos, agora que estão livres, acordam com fome e com vontade de se divertir atormentando os vivos. Por isso são preparadas oferendas de comida e vários objectos pessoais, que são posteriormente queimados em frente às casas para satisfazer os falecidos. Os chineses queimam diferentes tipos de papéis que simbolizam riqueza e roupa e queimam outros papéis com rezas. E eu também já vi à venda objectos pessoais feitos de papel (telemóveis, camisas, malas de marca, sapatos, iPads.. coisas que poderão fazer falta aos espíritos.. eheh), mas esses nunca vi a serem queimados.

Segundo a crença popular, estes são os "espíritos desamparados" cujas mortes são consideradas violentas e acidentais, não tiveram um funeral adequado e não têm descendentes que lhes possam prestar culto. Com as oferendas eles têm oportunidade para acalmar, e com o incenso são ajudados pelo fumo a subir mais rapidamente para o céu.

E minha explicação é muito simplista, mas já dá para fazer um enquadramento.

Apesar de muitas das tradições e superstições terem sido banidas porque os comunistas as consideravam símbolos da China feudal, em Macau ainda é possível assistir a estas celebrações. No nosso bairro, ao longo da rua, multiplicam-se as velhotas incendiárias.

O fiel escudeiro, sempre preocupado comigo, acha que eu não devo tirar fotografias quando os vizinhos estão entretidos a queimar os papeis e a rezar. Das duas uma, ou acha que os chineses me lançam um mau olhado, ou acha que trago um espírito mau enclausurado na máquina!!

As fotos são de pesquisas na internet, mas nem por isso menos verdadeiras. Garanto-vos que é precisamente assim.

Estes são os papéis de 7 cores que simbolizam roupas, dinheiro e lingotes de ouro
que os chineses queimam dentro de recipientes de metal, ou directamente no passeio
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domingo, 26 de agosto de 2012

Globalização

Globalização é estar em Macau, jantar num restaurante indiano que fica num casino americano, enquanto ouvimos uma banda filipina, que canta isto...



terça-feira, 21 de agosto de 2012

A indústria de casamentos em Macau

Nas primeiras semanas em que estive em Macau, como uma verdadeira turista munida da minha máquina fotográfica e do meu guia, percorri quase todos os locais históricos. Os pontos turísticos que faltavam devem-se à fraca capacidade de orientação.. mesmo com um mapa eu nem sempre encontro o destino.

Uma coisa que foi sempre uma constante nesses passeios foi a quantidade de noivos que andam pela cidade a fazer sessões fotográficas. E se no início ficava surpreendida, ao fim de umas semanas percebi que é vulgar cruzarmo-nos com estes cenários.



Os chineses adaptaram a cerimónia tradicional do casamento, para ficarem com algumas características dos nossos casamentos "ocidentais".

Basicamente, para além da cerimónia tradicional, com os vestidos vermelhos, os rituais dos presentes e tradições que pretendem trazer prosperidade e boa sorte para o casal, eles acumularam uma cerimónia ocidental.

Por exemplo, todos os casamentos envolvem uma sessão fotográfica profissional que é feita alguns meses antes da cerimónia. Chamam-lhe "Pre-Wedding". Usam vestidos de casamento "ocidentais" e muitas vezes viajam para o estrangeiro para estas fotografias. Uma espécie de viagem de lua de mel antecipada.. eheh

Macau é um destino de eleição não só para os casais locais, mas também para casais de Hong Kong, e por isso é que é tão comum tropeçarmos nestas sessões fotográficas.

Vale a pena fazer uma pesquisa no Google para ver o resultado de algumas destas sessão.. são uns artistas!!

















E quando eu falo em "vestidos ocidentais" não quero dizer necessariamente vestidos brancos. Percebi isso quando vi algumas lojas de noivas.

















Mas eu gostava de poder assistir a um casamento tradicional chinês, com todos os rituais que lhe são inerentes. Podem ler sobre a cerimónia e as preparações simbólicas aqui. A avaliar pelas montras das lojas dos vestidos tradicionais, só não sei qual será o dress code para os convidados.


























Aqui a indústria dos casamentos é elevada para uma nova dimensão! Não há falta de noivos, há mercado suficiente para justificar várias "Expo Noivos" ao longo do ano e a avaliar pela população chinesa, não vão faltar clientes.



terça-feira, 14 de agosto de 2012

O homem sombra

Um dos primeiros desafios que tivemos qdo chegamos a Macau foi reabastecer de gás. Aqui não há gás canalizado como estávamos habituados em Portugal, por isso é muito comum ver os senhores da companhia do gás a fazer a distribuição. Nos mais variados meios de transporte.




O método é simples (para quem fala mandarim), basta ligar para a companhia, dizer o que queremos, marcar um hora e eles tratam de entregar em casa. Certinho e direitinho.

Para nós é um bocadinho mais... interessante.

Pedimos a uma amiga que nos indicasse onde era a loja mais próxima, tiramos fotografias em casa para mostrar o que queríamos, levamos a morada (ou assim achávamos nós) e fomos tentar a nossa sorte.

O senhor que nos atendeu não falava uma palavra de inglês. Ria-se imenso, por razões que nos ultrapassam. E era o único empregado que estava na loja.

Ligou para outra colega e passou-nos o telefone para explicarmos o que queríamos, marcamos uma hora para entrega. E até aqui estava tudo a correr bem.

Foi quando tivemos de explicar a morada que as coisas começaram a correr... menos bem. Mostrei no mapa qual era a rua, ele acenou que sim com a cabeça. Disse que era o número 54, ele acenou que sim com a cabeça. Mas voltou a pegar no telefone para ligar à colega porque aparentemente, acenar que sim deve querer dizer outra coisa.

Passamos à fase dos gestos e nesta fase, o fiel escudeiro volta a entrar em acção. Aponta para a rua, e o chinês acena que sim com a cabeça. Escreve 54 e o empregado volta a acenar que sim. E desta vez não volta a pegar no telefone, por isso assumimos que estava tudo certo. "It's ok? It's ok?" E voltamos a ver a mesma reacção: acena que sim com a cabeça.

Agradecemos e saímos. E na altura não nos pareceu estranho, mas o empregado fecha a loja e também sai. Também não nos pareceu estranho que ele viesse na nossa direcção. Mas quando ele começou a fazer exactamente os mesmo desvios e a atravessar nas mesmas passadeiras dou o alerta: "Acho que estamos a ser seguidos!"

E estávamos. Ele andou atrás de nós a fazer de sombra com o objectivo de escrever a nossa morada em chinês. Mas nós não estávamos a ir para casa... Aliás, estávamos a ir na direcção oposta.

Conclusão: fizemos o caminho inverso para passarmos em casa, o empregado tomou nota da morada. E sim, no dia seguinte lá estavam os senhores a entregar o gás.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Templo de consumo: Venetian

Parece mentira, mas quase 3 meses depois de chegar a Macau fazemos a primeira visita ao Shoppes Grand Canal, um centro comercial que faz parte do complexo do Venetian, o maior casino do mundo (por enquanto). Fica a 10 minutinhos de casa.

Para mim, que andei 3 meses a passear pelas lojas no centro de Macau, parecia que estava noutro mundo, noutro país. Talvez em Itália.

Como o nome indica, no centro comercial há canais (como em Veneza), onde vemos gondolas (como em Veneza), onde os gondoleiros cantam e encantam (como em Veneza). Aqui um passeio custa 118 Patacas (cerca de 12 Euros), o que se calhar não é tão semelhante a Veneza.

As fachadas dos edifícios são réplicas de edifícios italianos (como em Veneza) e o tecto é um céu artificial, para que uma pessoa nunca se sinta enclausurada. O tempo está sempre ameno, com um céu azul, com nuvens ocasionais.







Não vimos nem metade do centro comercial, porque há mais de 300 lojas.. mas eu trouxe um guia com a lista de todas as lojas, para que possa fazer um planeamento da próxima viagem!! :)

Conseguimos aproveitar os últimos dias de saldos, mas se calhar porque fiquei presa dentro de um provador sem que ninguém desse pela minha aflição, não fiz muitas compras. By the way, só saí do provador porque a chinesa que estava ao meu lado e que também andava às compras se tinha esquecido de vários cintos no provador onde eu estava.

E onde andava fiel escudeiro? Na conversa com o empregado da loja, uma versão chinesa da personagem Cameron da série Modern Family.






terça-feira, 31 de julho de 2012

Já lá vão dois anos!

Quem diria que passados dois almoços "combinados" pela madrinha, um restaurante tailandês, uma vichyssoise.. muitos filmes, muitos emails, muitas piadas e alguma corte, estaríamos casados e a morar em Macau?

A princesa teve direito a várias exibições gastronómicas, a declarações powered by VitaminWater, a visitas guiadas a Almada.. um sem fim de detalhes e private jokes que só querem dizer que afinal estas aventuras começaram há muito mais tempo. E que estão para durar.



O textinho que demonstra a arte do escudeiro (às vezes escrivão) pode (e deve) ser lido aqui.