sábado, 7 de fevereiro de 2015

Diário de Bordo, Myanmar (parte 6)


13º dia
Dia 2 Jan - Mandalay

Depois da visita ao médico, hoje o nosso amigo ficou de repouso no hotel. Por isso eramos só três no passeio por Mandalay. Esta cidade é um grande pólo industrial, para além de todos os templos e mosteiros a que o país já nos habituou. Mandalay não foge à regra das cidades que temos visto até agora. Sem prédio altos, muito suja e pobre. Mas pelo menos tinha estradas largas e as ruas relativamente organizadas. Demos uma volta perto do hotel e a cidade imediatamente pareceu mais agradável que Yangon, a capital.

Depois do pequeno almoço no hotel seguimos para um pequeno cruzeiro no rio Ayeyarwady, do centro da cidade até ao templo Mingun. Os barcos desta vez eram maiores (nada parecidos com os barquinhos do estilo canoas em que viajámos no In Lake).

O templo Mingun está em ruínas. Era suposto ser o maior pagode do mundo, mas ficou apenas a um terço. Depois da morte do rei, abandonaram as obras, e com o tremor de terra que se seguiu, a estrutura ficou em ruínas até à actualidade.







No regresso à cidade, perdemos mais um dos membros do grupo. Ao 13º dia as barrigas começaram a falhar e desta vez foi o Fiel escudeiro que ficou retido no hotel, a repousar perto de um WC.

As meninas aproveitaram a tarde para ir às compras. E o pobre guia aguentou (e ajudou), enquanto explorávamos o centro comercial de 5 andares (o mais alto da cidade) só com tecidos, e aguentou quando decidimos visitar uma loja de artesanato de madeira e ainda estava a postos para mais.









Mas às 4h da tarde, ainda sem almoçar, foram as meninas que vacilaram e precisaram repor forças.

E mais uma vez pusemos à prova as nossas barrigas. O guia quis levar-nos ao local onde fazem os melhores noodles de arroz da cidade, com um molho e uns acompanhamentos especiais. Claro que as duas meninas não disseram que não. Assumimos que era uma boa experiência e que ia valer a pena.

Acontece que os famosos noodles eram na berma da estrada. Onde não havia cozinha. Os bancos eram tão baixinhos que os nossos joelhos estavam mais altos que a mesa. O abastecimento de água era um recipiente de barro ao lado do balcão. E os carros passavam no meio das mesas. E ainda por cima os noodles eram picantes, o que não ia fazer nada bem à barriga da Princesa.

Enfim, era comer e rezar pelo melhor.

E valeu a pena. Foi um simples, mas belo almoço.

No regresso ao hotel percebemos que já não íamos conseguir aproveitar mais passeios neste dia. O nosso amigo ainda tinha de voltar ao hospital para ir buscar os resultados dos exames e o Fiel Escudeiro ainda não estava pronto para se aventurar a grandes distâncias do WC.

Por isso jantamos no hotel, ficámos na conversa por lá e aproveitámos os filmes da TV Cabo.

Amanhã esperam-nos 7 a 8 horas de viagem!

14º dia
Dia 3 Jan - De volta a Yangon, passando por Amarapura

Hoje não só é o último dia da viagem, como temos de regressar pelas estradas horríveis de volta a Yangon. E de lá voamos para Bangkok e depois Macau. Se por um lado já estamos com vontade de sossegar e voltar a casa, é sempre triste quando acabam as férias.

Apesar de não termos podido aproveitar Mandalay por causa de barrigas mais fracas, ainda nos esperava uma paragem antes de nos fazermos à estrada: Amarapura e a sua ponte de madeira.

A ponte de U Bein é a maior ponte de madeira do mundo com um quilómetro de extensão e deixou-nos maravilhados. A luz naquele lago é linda, os patinhos são mais que muitos e de facto foi pena não termos tido tempo de passar mais tempo ali. E mais uma vez nos arrependermos de ter viajado sem uma máquina em condições. Ainda assim, conseguimos trazer boas fotos de recordação.








E depois de Amarapura, mais uma paragem para almoço na estação de serviço e... horas e horas de viagem. Parecia as viagem feitas para Bragança há muitos anos. Quando ainda viajava no Fiat Punto vermelho.

Chegámos a Yangon no final da tarde, passamos no supermercado para gastar os últimos Kyats e fomos para o hotel tentar encaixar todas as nossas compras no meio da roupa suja para fechar as malas!

15º dia
Dia 4 Jan - Regresso a Macau

Quando achávamos que já não havia mais motivos para memórias, a Air Asia decide fazer das suas!

Já na fila para entrar no avião as televisões da AirAsia mostram imagens do acidente da semana anterior. Entrar para o avião depois de ver as famílias a chorar, os polícias a recuperar os corpos e pedaços do avião a boiar, é coisa que não se recomenda.

E depois de 4 horas de escala em Bangkok, apanhamos o voo de ligação para Macau... e quando já estávamos a meio da viagem, voltamos para trás porque havia um problema com o motor do avião!

Aterramos em Bangkok novamente, mudamos de avião e fazemos o voo de regresso sempre em stress! Para nos entreter tivemos um grupo de passageiros chineses com os copos que decidiram fazer a vida negra às hospedeiras. Ele eram cintos que não estavam apertados, passeios no corredor quando deviam estar sentados, exigências com comida.. foi uma maravilha!

Felizmente correu tudo bem, e não é desta que abandonamos a AirAsia, mas este stress final tinha sido desnecessário.

Mengalabá Macau e Chezubé Myanmar.
Que é como quem diz "olá Macau e obrigada Mynamar" :)








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