sábado, 22 de dezembro de 2012

Finalmente de férias!!

Se em Portugal há cada vez menos feriados, em Macau não deixo de ficar surpreendida com a quantidade de feriados, pontes e outros dias atribuídos pelo Governo.

Aqui a época natalícia coincide com a celebração da passagem de Macau de Portugal para a China (este ano celebraram-se 13 anos da constituição da RAEM - Região Administrativa Especial de Macau), por isso desde quinta-feira dia 20 até dia 26 de Dezembro não se trabalha em Macau.

Nesta semana poucas são as pessoas que ficam por Macau. Em compensação, as praias da Tailândia enchem-se de barrigas e pernas brancas que aproveitam os feriados (e os ordenados) de Macau.

A Princesa e o seu fiel escudeiro optaram por uns dias retemperadores na RAEM, um Natal caseiro, e muitas visitas a agências imobiliárias. É que a busca por um novo castelo está no topo das nossas prioridades. Isso e pôr a conversa em dia com família e amigos de Portugal.. que as saudades são muitas.

Importa salientar que no dia 20 a princesa ainda foi trabalhar e que ontem mais de metade do dia foi passado a dormir. Uma cura de sono faz sempre bem.

Hoje finalmente sinto que está aberta a épocas das férias :)

Macau, aí vamos nós!

"Mas com calma", diz o escudeiro.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Se há coisa em que os portugueses são bons é a fazer filas..

.. já os chineses deixam muito a desejar.

Hoje fui ao Comissariado da China aqui em Macau para tratar do meu visto e ainda estou a tirar penas dos meus saltos altos, tal foi o galinheiro ali dentro.





Por algum motivo as máquinas das senhas que vão chamando o "próximo cliente" deixaram de funcionar e gerou-se o caos. Uma massa de gente aglomerou-se junto aos dois balcões aos gritos e aos encontrões a tentar todos falar ao mesmo tempo com as duas pessoas que estavam a atender.

Distinguiam-se dois tipos de pessoas: as galinhas (chinesas, pequenas, com vozes mto agudas), e os galos (estrangeiros, alguns portugueses, que falavam com a arrogância dos colonizadores).

E eu! Desesperadinha.. agarrada à minha senha que me colocava à frente deles todos!

Cada vez que passava um dos empregados e eu me desviava para perguntar alguma coisa, nasciam mais 5 pessoas à minha frente na fila! E explicar-lhes que a fila não era assim que funcionava? Que eu tinha estado lá antes para tirar uma senha e que tinha direito a ser atendida antes deles? Isto é uma questão de direitos humanos!!! (vá, ou quase)

Teve alguma graça ver a reacção das pessoas qdo entrevam naquela sala e viam o que parecia ser uma manifestação. Incrédulos, de queixo caído, resignados à senha que dizia 150 pessoas à sua frente.

Os empregados lá do sítios estavam tão desesperados como eu, e demorou UMA HORA a vir um deles dizer.. TOCA A DISPERSAR!! Uma hora!

Como eles falavam em chinês, só os chineses é q dispersaram, ficando apenas os estrangeiros na fila, sozinhos na fila a olhar à volta para perceber o que tinha acontecido. Não fosse o caso se eles se terem sentado e podia ter sido um alerta de bomba tal foi a rapidez com que saíram da fila.

Depois disto, 10 minutinhos e estava despachada.

O portuga  desenrascado faz muita falta nesta terra.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Oh mãe, Oh mãe

Como recompensa por actos de coragem e valentia, representantes do reino distante de Macau (leia-se, os senhores dos casinos), presentearam a princesa com um livre trânsito para um banquete. Um festim.

O presente foi para a princesa, mas quem ficou em êxtase foi o fiel escudeiro. Alías, não podia ter ficado mais contente.

Neste fim de semana fomos finalmente usufruir do nosso banquete, um almoço buffet. Surf and turf, diziam eles. Prometiam um sumptuoso almoço com lagosta e carne de vitela Wagyu, uma abundante escolha de entradas, especialidades chinesas e sobremesas deliciosas.

Tudo isto inserido no complexo do Hotel Okura, uma espécie de um refúgio japonês dentro do gigante que é o Galaxy Entertainment Group. Senhoras vestidas com trajes típicos japoneses, fontes e lagos interiores.. um pequeno oásis!

Prometeram e cumpriram!

Às primeiras garfadas ouviu-se na sala um "Oh mãe, Oh mãe!!" num crescendo de intensidade, à medida que o paladar apurava os sabores. Da nossa mesa ouviam-se as bolhinhas do espumante, o crunch crunch e os barulhinhos dos macarons fresquinhos a desfazer na boca.






Pena que esse som tenha sido abafado pelo som dos chineses que sorviam patas de caranguejo como se o mundo fosse acabar.

Nessa altura a princesa quis ser plebeia.