Emigrar para a China é ter de gramar com os vizinhos a jogar mahjong a noite toda e tentar dormir enqto ouvimos os barulhos das peças.
Enganem-se aqueles q pensam q o mahjong é aquele jogo de paciência onde estamos a casar peças aos pares. Isto q eles jogam é uma espécie de damas ou dominó (devo estar a dizer uma heresia qualquer, mas é o q parece), que eles jogam a dinheiro, como seria de esperar.
Estou com vontade de mandar lá o fiel escudeiro acabar com a festa, mas acho q corria o risco de ele ficar lá com eles.
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Em Macau, num restaurante indiano
Ontem ao almoço, num restaurante indiano. Eu e uma amiga eramos as únicas pessoas no restaurante.
(nós) Hello? Hello, Queremos fazer o pedido!
(o empregado) Humnm Hunmn Humnm
(nós) Desculpe, não percebi. Diga lá isso outra vez?
(o empregado) I'm very sad. Oh I'm so sad. I have to go back to India. I don't have any luck. I can't stay here anymore. Oh I'm so sad. Very sad.
(nós pensamos) Ok, então mas e a comida?
(nós dizemos) Ok, então e podemos fazer o pedido?
Apontamos para o menu para pedir tudo o que queremos e esperamos ter alguma sorte.
A comida chega, e o empregado até fez um pãozinho especial para nós.
(o empregado) I made it myself!
(nós pensamos) Ok, ok nós queremos é comer.
Durante o almoço inteiro não entrou ninguém no restaurante. Só havia um empregado e um cozinheiro, cada um escondido no seu posto de trabalho.
No final do almoço:
(nós) Hello? Hello? Check please!
(nós, aos gritos) Helooooooo? Uhhhhhh?
(nós, já de pé aos gritos) HELLO!?!?
Então percebemos que o empregado estava a dormir, com a cabeça no meio dos braços, em cima do balcão. Podíamos ter saído e ele não teria dado por nada. Nessa altura percebemos que se calhar esse era o motivo pelo qual ele não tinha sorte nem dinheiro.
(nós) Hello? Hello, Queremos fazer o pedido!
(o empregado) Humnm Hunmn Humnm
(nós) Desculpe, não percebi. Diga lá isso outra vez?
(o empregado) I'm very sad. Oh I'm so sad. I have to go back to India. I don't have any luck. I can't stay here anymore. Oh I'm so sad. Very sad.
(nós pensamos) Ok, então mas e a comida?
(nós dizemos) Ok, então e podemos fazer o pedido?
Apontamos para o menu para pedir tudo o que queremos e esperamos ter alguma sorte.
A comida chega, e o empregado até fez um pãozinho especial para nós.
(o empregado) I made it myself!
(nós pensamos) Ok, ok nós queremos é comer.
Durante o almoço inteiro não entrou ninguém no restaurante. Só havia um empregado e um cozinheiro, cada um escondido no seu posto de trabalho.
No final do almoço:
(nós) Hello? Hello? Check please!
(nós, aos gritos) Helooooooo? Uhhhhhh?
(nós, já de pé aos gritos) HELLO!?!?
Então percebemos que o empregado estava a dormir, com a cabeça no meio dos braços, em cima do balcão. Podíamos ter saído e ele não teria dado por nada. Nessa altura percebemos que se calhar esse era o motivo pelo qual ele não tinha sorte nem dinheiro.
sábado, 10 de novembro de 2012
Primeiro de muitos
Hoje faz um ano que o fiel escudeiro partiu para um reino longínquo, para um império a Oriente que prometia muitas aventuras.
Prometeu e cumpriu. Hoje, já acompanhado da princesa, conta os meses longe de casa e promete visitas para matar saudades do seu séquito.
Mas não há percalços que o desviem de um optimismo (às vezes excêntrico).
Está para ficar, enquanto o deixarem!
Prometeu e cumpriu. Hoje, já acompanhado da princesa, conta os meses longe de casa e promete visitas para matar saudades do seu séquito.
Mas não há percalços que o desviem de um optimismo (às vezes excêntrico).
Está para ficar, enquanto o deixarem!
sábado, 3 de novembro de 2012
Protocolo Chinês
O blog tem andado um bocadinho abandonado porque quando comecei a trabalhar os horários e a disponibilidade alteraram-se um bocado. No final do dia escolher entre escrever no blog ou ir dormir não deixa muitas dúvidas.
ZZZzzzZZZzzzZZZzzz
Trabalhar em Macau é a minha primeira experiência internacional. Se antes trabalhava muito com o mercado angolano, a verdade é que nunca tive de me deslocar do escritório.
Além do mais, antes trabalhava em actividades de marketing que preparavam o caminho para o trabalho dos comerciais. Agora para além disso tenho também de fazer trabalho comercial, ir a reuniões e fazer contas de cabeça para não me enganar nos preços, descontos, promoções e afins.
Vender publicidade para um revista nova, qdo todos dizem que o mercado está em crise, quando o investimento das marcas neste tipo de publicidade é cada vez menor, é um grande desafio.. chega a ser frustante. Mas a verdade é que ao contrário do que acontecia em Portugal, as pessoas estão dispostas a receber-me, têm sido simpáticas nas reuniões (apesar de não comprarem nada.. eheh).
Esta introdução serve para dizer que grande parte do meu tempo é passado ao telefone a tentar descobrir com quem tenho de falar, e o resto do tempo é passado em reuniões.
A grande maioria das vezes faço as reuniões em inglês. Uma portuguesa a ter reuniões com chineses, com as conversas feitas em inglês é uma grande confusão. Se o fiel escudeiro já me criticava por usar demasiados estrangeirismos nas minhas conversas, agora chego ao cúmulo de lhe contar o meu dia e usar frases inteiras em inglês!
Ainda assim, há algumas reuniões que faço em português. Os donos dos restaurantes, as direcções das instituições públicas, e um ou outro negócio de portugueses que investiram em Macau.
E é aqui que as coisas se tornam mais parecidas com Angola. Porque o sotaque dos macaenses que falam português está cheio de africanidade. Isso e a burocracia!! E pedirem-me para ter calma, que aqui as coisas se fazem com calma. "Momentai" é a expressão que usam qdo me querem dizer "relax" ou "sem stress".
A parte engraçada das reuniões com os chineses é o protocolo. Eles são malucos com os cartões de visita, por isso a primeira coisa que se faz, é receber o cartão que nos é entregue com o nome virado para nós, segurado pelas duas mãos e acompanhado de uma pequena vénia. Devemos receber o cartão também com as duas mãos, examinar o cartão e se possível guardar num porta cartões (sinal de que o relacionamento que estamos a iniciar será próspero). Nunca devemos guardar os cartões nos bolsos das calças ou atirar para dentro da mala. Seria uma grande falta de respeito.
Depois, o processo repete-se, mas no inverso. Tenho de devolver a amabilidade entregando o meu cartão, segurando com as duas mãos e fazendo uma pequena vénia.
Pode parecer engraçado, mas estive numa reunião onde fui recebida por três raparigas do departamento de Relações Públicas. E aquilo parecia uma coreografia, com tanta vénia e tantas mãozinhas a segurar nos cartões.
E sim, consegui a proeza de não deixar nenhum cair ao chão!
ZZZzzzZZZzzzZZZzzz
Trabalhar em Macau é a minha primeira experiência internacional. Se antes trabalhava muito com o mercado angolano, a verdade é que nunca tive de me deslocar do escritório.
Além do mais, antes trabalhava em actividades de marketing que preparavam o caminho para o trabalho dos comerciais. Agora para além disso tenho também de fazer trabalho comercial, ir a reuniões e fazer contas de cabeça para não me enganar nos preços, descontos, promoções e afins.
Vender publicidade para um revista nova, qdo todos dizem que o mercado está em crise, quando o investimento das marcas neste tipo de publicidade é cada vez menor, é um grande desafio.. chega a ser frustante. Mas a verdade é que ao contrário do que acontecia em Portugal, as pessoas estão dispostas a receber-me, têm sido simpáticas nas reuniões (apesar de não comprarem nada.. eheh).
Esta introdução serve para dizer que grande parte do meu tempo é passado ao telefone a tentar descobrir com quem tenho de falar, e o resto do tempo é passado em reuniões.
A grande maioria das vezes faço as reuniões em inglês. Uma portuguesa a ter reuniões com chineses, com as conversas feitas em inglês é uma grande confusão. Se o fiel escudeiro já me criticava por usar demasiados estrangeirismos nas minhas conversas, agora chego ao cúmulo de lhe contar o meu dia e usar frases inteiras em inglês!
Ainda assim, há algumas reuniões que faço em português. Os donos dos restaurantes, as direcções das instituições públicas, e um ou outro negócio de portugueses que investiram em Macau.
E é aqui que as coisas se tornam mais parecidas com Angola. Porque o sotaque dos macaenses que falam português está cheio de africanidade. Isso e a burocracia!! E pedirem-me para ter calma, que aqui as coisas se fazem com calma. "Momentai" é a expressão que usam qdo me querem dizer "relax" ou "sem stress".
A parte engraçada das reuniões com os chineses é o protocolo. Eles são malucos com os cartões de visita, por isso a primeira coisa que se faz, é receber o cartão que nos é entregue com o nome virado para nós, segurado pelas duas mãos e acompanhado de uma pequena vénia. Devemos receber o cartão também com as duas mãos, examinar o cartão e se possível guardar num porta cartões (sinal de que o relacionamento que estamos a iniciar será próspero). Nunca devemos guardar os cartões nos bolsos das calças ou atirar para dentro da mala. Seria uma grande falta de respeito.
Depois, o processo repete-se, mas no inverso. Tenho de devolver a amabilidade entregando o meu cartão, segurando com as duas mãos e fazendo uma pequena vénia.
Pode parecer engraçado, mas estive numa reunião onde fui recebida por três raparigas do departamento de Relações Públicas. E aquilo parecia uma coreografia, com tanta vénia e tantas mãozinhas a segurar nos cartões.
E sim, consegui a proeza de não deixar nenhum cair ao chão!
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