terça-feira, 8 de maio de 2012

Final Destination Macau (Parte 3: A viagem)


Há sempre um pequeno momento de tensão qdo estamos a fazer o check in e pensamos no excesso de bagagem (sim, nas últimos 24 horas antes de embarcar não pensei em mais nada), depois o detector de metais (descalça as botas, tira o casaco, tira o portátil, tira o passaporte... calça as botas, veste o casaco, guarda o portátil, guarda o passaporte), e depois disso a descompressão. Resultado: dormi uma sesta até Amsterdão.

Fizemos uma escala muito curta e embarcamos para Hong Kong. E foi qdo esperávamos na fila para voltarmos a passar pelo detector de metais que começamos a sentir-nos demasiado ocidentais, porque a maioria dos passageiros eram chineses. Mas mais ainda quando entramos no avião e só havia chineses, instruções em chinês e mais tarde comida chinesa. Só havia um outro grupo de portugueses que voltámos a encontrar já em Macau.

Apesar de termos feito o check in muito cedo, só conseguimos os lugares no meio no avião. Mas não era assim tão mau, porque as pernas longas do fiel escudeiro podiam esticar para o corredor. Ou pelo menos assim o esperávamos. Acontece que uma das chinesas que estava na nossa fila, apresentou-se, mostrou a sua muleta e pediu para trocar de lugar porque já não havia outro lugar para ela no avião. Pelos vistos a amiga dela, que estava na outra ponta da fila não quis fazer-lhe esse favor. Conclusão: viemos até Hong Kong entalados entre duas chinesas.

Não seria necessariamente mau não fosse o caso de uma delas se ter descalçado libertando um odor característico, para além de sofrer de flatulência.. e de ter ressonado durante grande parte da viagem!! Que maravilha!! Foram 9960km e umas longas 12 horas de viagem.

No aeroporto em Hong Kong ainda esperamos algum tempo pelo ferry até Macau, mas acho que o cansaço já era tanto que estávamos anestesiados (ou então era resultado dos odores acumulados).

Já em Macau, depois do primeiro impacto com 95% de humidade, mais um check point, desta vez com a emigração. E depois a recolha da bagagem.. que é um processo inacreditável. Entregam-nos uns talões em Hong Kong e são eles que transferem a tudo para o ferry.. nós só temos de nos agarrar ao talão e à esperança de ver as nossas malas qdo chegarmos a Macau. Foi uma emoção perceber que chegou tudo direitinho.

Tudo está bem quando acaba bem. Macau, aqui vamos nós! :)


Final Destination Macau (Parte 2: As despedidas)



Esta foi a parte mais complicada. Sempre soube que as despedidas iam ser difíceis. E se o fiel escudeiro não tivesse atravessado o mundo para me vir buscar, não sei se iria conseguir embarcar nesta aventura sozinha.

Não consegui dar atenção a todas as pessoas como queria, não consegui despedir-me de todos os amigos e familiares como gostaria, apesar de ter tido a agenda mais preenchida do que nunca. Almoços, jantares, cafés e lanches não foram suficientes. Queria ter estado com todos os amigos, dizer piadas e fingir que Macau é já ali ao lado.

Não parava de pensar em todas as coisas que não poder acompanhar de perto.. os nascimentos.. os casamentos.. as alegrias e discussões que não vou poder acompanhar. Bem sei que a amizade sobrevive à distância, mas os horários e as rotinas vão afastar-me demasiado.

E depois, vou ter saudades da minha casinha.. tão modesta, mas tão perfeitinha. E as lojas habituais? Sou uma criatura de hábitos, sou fiel às marcas e às lojas de eleição. Tive, por isso de me despedir também desses hábitos.

Até já Lisboa.. Macau.. aqui vou eu!

Final Destination Macau (Parte 1: Os preparativos)





Ainda hoje tenho pesadelos quando penso em fazer malas de viagem. "Uma vida numa mala de viagem", como dizia a minha amiga Ana, foi mais complicado do que parecia ao início.
Não houve nenhuma check list que me valesse, quando o objectivo era transportar todo o conteúdos dos armários, das gavetas e das caixas em apenas uma viagem. Tive de impor muitas restrições e trazer apenas o essencial.. mas ficaram tantos acessórios pelo caminho.. e sapatos.. e malas..

Houve dois momentos de meltdown, o primeiro quando faltava uma semana para a viagem, eu estava a fazer  a mudança e percebi que não ia conseguir transportar tantas coisas quanto gostaria, e o segundo no próprio dia da viagem, quando peso a mala e percebo que tenho 10kg a mais do que era suposto.

A princesa tem sempre o seu fiel escudeiro para ajudar nestas situações de crise! Em vez de uma, trouxe duas malas no porão (mais duas bagagens de mão), porque ele cedeu-me a bagagem dele, e consegui ultrapassar esta viagem (quase) sem dramas.

Mas agora quando olho para os meus sapatos alinhados no armário, sei que eles têm saudades dos companheiros que ficaram em Portugal.. e eu também!!





segunda-feira, 7 de maio de 2012

Era uma vez

.. um príncipe que queria casar com uma princesa. Mas uma princesa de verdade. Palmilhou Portugal de lés a lés (e as caraíbas algumas vezes) à procura da princesa dos seus sonhos, mas nenhuma lhe parecia certa.

Conformado com a sua sorte regressou ao seu reino de Warcraft onde viveu feliz. Certo dia, quando já não o esperava, uma princesa de verdade apareceu na sua vida. Os seus passos pequenos e apressados, o barulho dos seus saltos que a anunciavam à distância, a elegância, a voz maviosa, a tez pálida, a preguiça constante e o apetite voraz não deixavam dúvidas, esta era uma princesa de verdade!

Mas havia algo de podre no reino, e o príncipe foi forçado a uma incursão por reinos longínquos, deixando inconsolável a sua princesa.

Após 6 longos meses e um frio e rigoroso inverno, tendo como único consolo o fiel mensageiro skype, regressou para a resgatar.

Agora vivem no longínquo reino de Macau e estas são as suas aventuras!