terça-feira, 25 de junho de 2013

Big in Macau

Uma das coisas que caracteriza a princesa é a sua discrição. Magra, alta e muito muito (e cada vez mais) branca move-se pela multidão sem chamar a atenção.

Sempre foi assim! Não é de propósito, não faço nada para que tal aconteça.

Por isso, foi com total surpresa que, no passado fim-de-semana em pleno Casino Venetian, foi abordada por uma chinesa (da China Continental) a pedir para tirar uma fotografia.

E não foi para lhe tirar uma fotografia! Foi pedir para tirar uma fotografia COMIGO!

As duas, lado a lado, a fazer pose para a máquina dela, enquanto o Fiel Escudeiro e o nosso padrinho que estava em visita a Macau, se riam da minha figura.

Será que ela nunca tinha visto uma ocidental? Ou nunca tinha visto uma ocidental tão pálida?
Será que sou parecida com uma vedeta chinesa que os ocidentais não conhecem? Será que ela vai usar aquela imagem para outros fins?

Nunca vamos saber! :)




segunda-feira, 17 de junho de 2013

Macau.. na "Volta ao Mundo" - Entre cá e lá

Acabo de ler o artigo do José Luís Peixoto na revista "Volta ao Mundo" que a minha amiga Rute me enviou de Portugal. Gostei mais da cartinha e do postal que vinham anexados :) Estes bocadinhos de casa derretem-me o coraçãozinho de emigrante com saudades de casa!!

Esta revista viajou tanto, mas vale a pena ler em português sobre o local onde moramos.

Apesar de não gostar muito do estilo literário do José Luís Peixoto, adoro rever Macau pelos olhos de turistas. Daqueles que em média passam cá 1.2 dias de férias (dados oficiais do Governo de Macau).

Em qualquer texto que fala sobre os chineses percebemos lugares comuns que descobri serem um mito. Isso de que os chineses têm paciência, demoram tempo nas suas tarefas.. bla bla bla.. Só se for nos filmes. Eu não os vejo a demorar tempo com o chá, ou a contemplar as aves e a natureza. Vejo-os a comer enquanto andam para não perder tempo, vejo-os a comer uma espécie de fast food em forma de espetadas, porque é mais rápido. Nada seria mais obvio do que descobrir que eles adoram picadinhos de tudo para ser mais fácil de comer com o arroz! Vejo-os a passar à frente nas filas (com os ocasionais empurrões) para serem os primeiros. Vejo-os a pedir serviços "chave na mão" para não terem de perdem tempo com orçamentos ou fornecedores. Basicamente vejo-os a correr!

Acredito que eles pensam a longo prazo. E que as atitudes são ponderadas tendo em vista um objectivo final que poderá não ser imediato.

Mas nas tarefas do dia-a-dia? Não tenham ilusões! É tudo a despachar!

Voltanto à revista. Gostei das ilustrações do André Carrilho e o facto de serem desenhos retiram o ar decadente que têm alguns dos edifícios. Lembro-me que as primeiras fotografias que tirei dos telhados de Macau estando na Fortaleza do Monte. Com vista para o porto interior, pareciam os telhados de Bagdad (ou pelo menos aquilo que eu imagino serem os telhados de Bagdad).

Aqui, com tons de amarelo e preto ficam mais bonitinhas.

Fizeram um roteiro bastante simples: começaram no City of Dreams com o espectáculo "The House of Dancing Watter" (que ainda não fomos ver porque achamos que pagar 90€ por bilhete é um bocadinho exagerado), depois seguiram para San Ma Lo e para a o Largo do Senado, subindo pela rua de S. Paulo até às Ruinas de S. Paulo e terminando no bairro de S. Lazaro. Passaram no emblemático Grand Lisboa e no velhinho Hotel Lisboa e nas ruas adjacentes que estão repletas de casas de penhores. Seguiram para um dos jardins mais bonitos, o Lou Lim Leoc, e para o Jardim da Flora, a caminho do farol da Guia. Terminaram com uma passagem pelo Mercado Vermelho e pela casa de chá Long Wa (esta última não conheço, mas fica na minha listinha de locais a visitar).

Este não seria exactamente o roteiro que escolheria para tão pouco tempo, mas agora que me preparo para receber os Padrinhos Ana e Luís, posso pensar num roteiro mais personalizado e com as minhas escolhas dos locais emblemáticos de Macau.

Próximos episódios: Princesa Ervilha, a Guia Turística!