sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Tic Tic Tic Tic Tic Tic Tic Tic

Mais um dia em Macau. Começou calmo, com a humidade a fazer das suas e a trazer a preguiça aos corpos que se esforçam por chegar a horas ao trabalho.
Acabou o café e a Princesa sente que vai demorar a conseguir estar completamente operacional.
A Princesa chega ao escritório ainda dormente de sono, optou por colocar os phones, abstrair-se do movimento no open space e despachar o trabalho pendente.

Tic Tic Tic Tic

Mas há qualquer coisa que não está bem.

Tic Tic Tic Tic

Há qualquer coisa que está a impedir a concentração.

Tic Tic Tic Tic

Os emails, o telefone, o telemóvel..

Tic Tic Tic Tic

Foi então que percebeu que o barulho vinha da vizinha do lado no open space! Aquele barulhinho incomodativo era um corta-unhas que estava a trabalhar com afinco nas mãos habilidosas da jovem que não quis perder tempo em casa, mas também não quer olhar para umas mãos mal tratadas enquanto trabalha.

Ainda bem que tenho óculos de protecção, não vá ser o caso de vir algum objecto não identificado a voar na minha direcção.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Inspira... Expira... Inspira... Expira...

Quem vos disser que a adrenalina de trabalhar num jornal ou revista é maravilhosa não teve dias como os que a Princesa vive. Ter de acabar essa publicação em data e hora determinada, correndo o risco de não estar "nas bancas", debater de forma acesa as opções editoriais (ou a falta delas), vetar opções gráficas, edição-revisão-tradução-edição-revisão, correr a cidade para ir buscar um CD só porque um cliente ainda vive na idade da pedra e não sabe enviar ficheiros de grandes dimensões por email, quase chorar porque um cliente afinal não quer aquela fotografia... nem ilustração.. e na verdade, nem o texto que já estava escrito e aprovado há uma semana. Quem vos disser que o cliente tem sempre razão e que o contacto com vendas é maravilhoso não passou um dia a explicar o impacto visual de um objecto preto num fundo cinzento escuro (muito escuro). E quem vos disser que o trabalho em equipa é muito mais recompensante claramente nunca passou o dia em formato "polvo" tentando assegurar que nada falha, enqto vê os colegas em modo passivo completamente alheados de responsabilidade ou brio profissional. Gritar muito (para dentro!!) face à inércia de alguém parado em frente ao monitor.

E tudo isto recomeça novamente daqui a uns dias...

O mais estranho é que, apesar de todos os problemas desta portuguesa perdida no meio de um open space de 20 chineses (que, by the way, não me percebem e me acham exótica), estou ansiosa pela próxima edição e por mais uma voltinha neste carrossel. Internem-me, por favor, porque eu devo ter um problema :)